A Liberty Seguros está em 3º lugar no ranking das melhores empresas para se trabalhar em Portugal e a melhor para as mulheres. Para assegurar esta posição quais são os projectos que a Liberty tem, no que respeita a formação, para manter este lugar?
Esta distinção é para nós motivo de grande orgulho, não só pelo facto de nos sentirmos reconhecidos como uma boa empresa para trabalhar, mas essencialmente, significa que há efectivamente um reconhecimento interno dos nossos colaboradores das condições de trabalho, ferramentas de desenvolvimento e benefícios que lhes proporcionamos.
O facto de termos sido consideradas uma das melhores empresas para as mulheres trabalharem, não significa que fazemos algo específico e direccionado somente às mulheres, mas sim que a Liberty promove igualdade de oportunidades, premiando pelo mérito e performance do colaborador, seja homem ou mulher.
A Formação é uma ferramenta que disponibilizamos a todos os colaboradores, não como forma ou preocupação de manter um primeiro lugar no ranking das melhores empresas, mas porque acreditamos que esta constitui um investimento no nosso Capital Humano. Por isso, considero ser uma ferramenta poderosa que dá suporte ao desenvolvimento de conhecimento e competências adequadas e necessárias para manter a Liberty na vanguarda da frente face aos nossos competidores, com uma “atitude” de procura contínua de oportunidades concretizáveis em negócio rentável para a Companhia e, consequentemente para todos.
Considera que a aposta na formação dos seus trabalhadores ocupa um lugar cimeiro na ordem do dia da empresa?
A área da Formação foi e será sempre, uma área na qual temos especial enfoque, sem no entanto, descurar outras áreas que também são de extrema importância seja no desenvolvimento e desempenho dos nossos colaboradores, e seu reconhecimento, seja no desenvolvimento de políticas de recursos humanos adequadas.
A Academia Liberty, existente desde 2007, surge em que contexto económico e interno da empresa?
A Academia Liberty, surge em 2007, para dar resposta às necessidades de formação interna no desenvolvimento de competências técnicas. Num mercado amplamente competitivo e dinâmico em que nos encontramos e devido à necessidade e aposta contínua em formação, procuráramos alternativas às promovidas por fornecedores externos, permitindo assim manter o investimento em volume de formação, sem que os custos aumentassem significativamente chegando mesmo a verificar-se uma redução dos mesmos.
Este conceito de aprendizagem, permite oferecer uma diversidade de cursos, realizados por colaboradores internos, com o know-how e experiência na sua área de expertise e transferindo os seus conhecimentos aos colegas.
Internamente, existe um sentimento de reconhecimento por parte dos seus pares promovendo a coesão de grupo e espírito de equipa entre os colegas e as diferentes áreas.
A Liberty tem a formação visando o desempenho imediato ou desenvolvimento futuro?
A Formação quando delineada e identificada procura responder a diferentes necessidades de negócio, individuais (função e desempenho) ou outras e é com base na prioridade estabelecida que implementamos as acções correspondentes com vista ao respectivo desenvolvimento. Obviamente, há acções que são planeadas anualmente e que visam o desenvolvimento imediato e outras que têm como objectivo um desenvolvimento progressivo e futuro, planeado a médio/longo termo.
Qual é o vosso Return On Investment Trainning (ROTI)?
Estamos este ano a trabalhar alguns indicadores de formação que vão para além do volume de formação, número de horas, etc. Consideramos que é importante saber se onde fazemos o investimento existe retorno, não só em termos de custo, mas especialmente em termos de eficácia. Temos como fim responder à questão: de que forma as acções de formação realizadas respondem às necessidades identificadas e como estas impactam no negócio?
*Veja a entrevista completa no próximo número da revista Intra Director de Recursos Humanos
Biografia
Paula Cristina Vieira Garrido, nascida em Lisboa a 27 de Novembro de 1963, é licenciada em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Lusófona e possui uma Pós-Graduação em Gestão de Recursos Humanos pela mesma Universidade.
Entrou na Companhia Europeia (actual Liberty Seguros) em 1984 para a área Técnica, onde permaneceu durante 10 anos. Após a conclusão do seu curso, foi convidada a integrar o departamento de Recursos Humanos, assumindo a responsabilidade do desenvolvimento e implementação de vários projectos nas áreas de Desenvolvimento, Gestão de Talentos, Planos de Carreira, Formação, Assessement e Recrutamento, bem como a Gestão da Área Administrativa de Pessoal. Em 2006 foi convidada pelo CEO da empresa para assumir a função que actualmente desempenha - Directora de Recursos Humanos da Liberty Seguros.