SE NÃO CONSEGUIR VISUALIZAR ESTA EDIÇÃO ELECTRÓNICA CLIQUE AQUI
#303 | JANEIRO 2011
CARLOS BRITO
Departamento de Desenvolvimento de Sistemas de Informação do ITIJ
"Pretendeu-se dotar o Sistema de Mediação Familiar de um serviço mais célere"

O Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça (ITIJ), com a Novabase, desenvolveu uma nova plataforma, implementada no Gabinete para a Resolução Alternativa de Litígios (GRAL), que permite agilizar os processos de mediação familiar e fornecer um serviço mais completo aos cidadãos. Pode explicar um pouco mais em pormenor no que consiste este sistema?
Em traços gerais, a aplicação desenvolvida permite a gestão de todo o processo de mediação familiar até ao seu arquivamento pelo GRAL.
Para se efectuar um pedido de mediação online, a aplicação disponibiliza um formulário de preenchimento intuitivo.
Todo o processo de tramitação é depois conduzido e gerido via backoffice através de um sistema de Workflow onde operadores do GRAL, mediadores e entidades aderentes podem aceder, consultar e complementar informação já existente.

Que objectivos pretendiam atingir com o desenvolvimento desta plataforma?
Colaborar com o GRAL nas questões técnicas e tecnológicas, no sentido de ser desenvolvido um sistema que lhe permitisse a gestão do Processo de Mediação Familiar. Pretendeu-se dotar o Sistema de Mediação Familiar (SMF) de um serviço mais célere não só relativamente aos cidadãos e Tribunais, mas também às entidades com as quais o GRAL tem parcerias. A interacção e gestão dos processos por parte dos mediadores foram também substancialmente melhoradas sendo agora possível um acompanhamento total de todo o processo até ao seu arquivamento pelo GRAL.
Outro dos objectivos da aplicação diz respeito à celeridade relativamente à recolha e processamento de informação estatística que o GRAL necessita.
Com este novo sistema o processo é desmaterializado e possibilita a obtenção automática de indicadores estatísticos sobre o Processo de Mediação Familiar.

Quais as principais funcionalidades inerentes ao novo sistema?
As principais funcionalidades são:
- Acompanhamento e monitorização mais efectivo do SMF;
- Gestão de processos de mediação familiar simplificada;
- Recolha eficiente de informação estatística;
- Possibilidade de interacção com entidades aderentes;
- Completa gestão da aplicação através do backoffice;
- O sistema desenvolvido utiliza tecnologia Web e para ter acesso ao mesmo basta ter um Web Browser, o que facilita o acesso ao sistema.

Quais as principais vantagens que apresenta o SMF?
O interface intuitivo e de fácil utilização e o motor de BPM (Business Process Manager) do Ministério da Justiça, que permite que a tramitação dos processos se efectue de um modo rápido e eficaz, possibilitando uma desmaterialização do processo, são as vantagens mais evidentes. Outra grande vantagem foi a possibilidade de se desenvolver um processo de automatização de recolha de informação estatística.

Que outros projectos existem em carteira, no âmbito da simplificação e modernização administrativa?
Este ano, iremos começar o desenvolvimento e implementação da nova Plataforma de Registos, para o Instituto dos Registos e Notariado, que terá como primeira implementação o Registo Automóvel. O objectivo será, de forma progressiva, integrar os sistemas do Registo Civil, Registo Predial e Registo Comercial, nesta nova plataforma.
Também durante este ano, iremos apresentar novas soluções informáticas na área dos Tribunais com o Cituis Plus e um novo Sistema de Gestão do Inquérito Crime, a AGIC.
Iremos lançar com o IRN, um site de divulgação de estatísticas empresariais, a Informação Empresarial Simplificada.
Todo o processo associado à Informação Empresarial Simplificada (IES) será revisto e melhorado, para incorporar as alterações decorrentes da adopção do Sistema de Normalização Contabilística (SNC). 
Na área do Registo Predial, será disponibilizado um novo tipo de certidão, a Informação Predial Simplificada.

Que balanço faz da evolução que se tem vindo a verificar na Justiça, no âmbito da reforma de modernização administrativa por que passa a AP?
O balanço que faço é extremamente positivo e os resultados demonstram isso mesmo, basta verificar os prémios e menções com que diversas organizações internacionais e nacionais têm agraciado os sistemas desenvolvidos pelo ITIJ, não deixando de considerar as ideias inovadoras que estão por trás desses projectos (Empresa Na Hora, Casa Pronta, e-Certidões, Registo on-line, Informação empresarial Simplificada, entre outros).

Nota: Poderá aceder à versão integral desta entrevista na próxima edição da revista Interface Administração Pública, a sair no final de Janeiro. Solicite-a através do e-mail , indicando o assunto “PDF Revista AP nº 57”.

Biografia
Carlos Brito é responsável pelo Departamento de Desenvolvimento de Sistemas de Informação do Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça (ITIJ).

ÚLTIMAS ENTREVISTAS
Arminda Neves, António Pimentel Aguiar, David Ferraz
 
Jornadas Interface Administração Pública
Gestão Financeira e Orçamental na AP
23 de Fevereiro de 2011
Lisboa
Interface
Saúde
O cerne da liderança é a motivação, comparticipação e retenção de competências, a todos os níveis
Mário Jorge Carvalho
Interface
Administração Local
O projecto das Rainhas Bike Sharing pretende ser mais do que um projecto no âmbito da mobilidade sustentável
Jorge Rocha
Interface Empresas
Inovação e eficiência. De uma forma geral, o tecido empresarial português parece ser melhor no primeiro do que no segundo
Pedro Penedo
Interface Banca&Seguros
Passámos de um consumidor passivo para um consumidor activo, cada vez mais informado e cada vez mais exigente
Conceição Tomás
Intra Gestor de Frotas
O sector público tem essa obrigação de mostrar o caminho
Nuno Ferreira
Modos Serviço Social
Se a contribuição de quem ganha anualmente 300 milhões de euros for de 200.000€, parece-me verdadeiramente baixo
João Ermida
Edição Design Luís Silva
Produção Filipe Neto Publicidade
Esta mensagem está de acordo com a legislação Europeia sobre o envio de mensagens comerciais: qualquer mensagem deverá estar claramente identificada com os dados do emissor e deverá proporcionar ao receptor a hipótese de ser removido da lista. Para ser removido da nossa lista, basta que nos responda a esta mensagem colocando a palavra "Remover" no assunto. (Directiva 2000/31/CE do Parlamento Europeu; Relatório A5-270/2001 do Parlamento Europeu).