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# 142 | 18 de Outubro 2007
 
 
 

Rosa Mimoso
“Fazer mais com o menor custo possível”

 

Quais as grandes preocupações actuais de um director de TI do sector segurador?
As preocupações mais prementes de um Director de TI têm vindo a ser “fazer mais com o menor custo possível”. Conseguir conciliar uma arquitectura eficaz e responder aos requisitos da organização, permitindo à mesma ser pioneira em determinados segmentos de oferta para que daí decorram vantagens competitivas da organização face ao mercado. Hoje, a conquista da quota de mercado e o aumento de facturação são preocupações transversais dentro de uma organização, às quais os SI não escapam. O relógio não pára, não havendo tempo para compassos de espera….
No entanto, nem sempre é fácil inovar, avançar tecnologicamente, dotar a organização de ferramentas eficazes, criando mais-valia para a mesma quando, por outro lado, necessitamos de reduzir custos com infra-estrutura.

A palavra “integração” (de sistemas) continua a levantar questões, ou é “coisa do passado”?
Palavras como integração ou consolidação são a realidade diária de organizações que resultam de fusões de Companhias como é o caso da organização a que pertenço.
Integrar, simplificando arquitecturas de modo a permitir acelerar o ritmo de disponibilização de novas funcionalidades é um factor crítico de sucesso.
A proliferação de aplicações e infra-estruturas leva-nos forçosamente a dispersar energias, aumentando os custos de manutenção e de implementação de imposições legais, bem como obriga à existência de conhecimento específico por aplicação dos SI e utilizadores das ferramentas, limitando a sua mobilidade.
A estratégia de muitas organizações desde há alguns anos é investir em
front-ends
únicos que, pelo menos, tornem transparente para o utilizador a complexidade dos sistemas existentes.

Quais os factores decisivos para o sucesso de um processo de consolidação de um sistema de TI?
É fundamental a existência de uma estratégia e o compromisso da organização com a mesma. A organização vê, por força da consolidação, reduzida a capacidade disponível dos SI para novas funcionalidades.
Outro ponto-chave no processo é a perda temporária de funcionalidades, ou seja, o compromisso da empresa em que no processo de consolidação de sistemas se possa perder cerca de 10 a 20% de funcionalidades, que posteriormente terão de ser construídas, mas que no momento da consolidação fariam e fazem os projectos arrastarem-se para além do que é suportado pela organização.

Que alterações se prevêem a nível dos Sistemas de Informação com a introdução do projecto Solvência II?
As alterações dependerão de organização para organização e das decisões tomadas ao longo da existência das mesmas e dos seus sistemas. Há organizações para as quais a Solvência II trará uma carga elevada de alterações. Para outras, que foram seguindo metodologias de desenvolvimento que permitiram chegar a estados elevados de maturidade das suas aplicações a nível de modelação, de parametrização, de construção de sistemas de suporte à decisão, já não será. 
A solução pode passar pela criação de uma plataforma de risco autónoma, onde se consolide a informação proveniente dos diversos inputs da empresa, e que permita inferir de uma forma célere as decisões a tomar pelas áreas de subscrição, para inversão do risco.

Sendo verdade que uma boa gestão de TI é determinante para o bom funcionamento dos processos de trabalho e até de negócio, então o que é determinante para o sucesso de uma boa gestão de TI?
É fundamental que a estratégia das TI esteja articulada com a estratégia da empresa e que os interesses tecnológicos não se sobreponham ao core business da mesma. Não podemos esquecer nunca que o objectivo da empresa é vender seguros, não é implementar tecnologia de ponta.
Uma boa gestão passa também por criar uma cultura única na equipa de TI, que permita que cada agente dentro de uma organização de TI saiba qual o seu papel e tenha à sua disposição os meios para o cumprir, bem como o reconhecimento, quando merecido, pela organização.

Qual o caminho que as TI tendem a seguir no contexto do negócio segurador?
Caminhamos ao encontro do mercado e das mudanças da nossa sociedade, disponibilizando ferramentas Web inovadoras que permitam aos nossos agentes alcançar outros desafios e ao cliente uma interacção directa com a empresa sem se deslocarem às agências. Esse desafio trará complexidades acrescidas como o garantir da segurança, a disponibilização dos sistemas 24*7, assegurando sempre a qualidade dos dados.

Biografia
Licenciada em Matemática aplicada e Computação pelo Instituto Superior Técnico, iniciou a sua actividade na indústria seguradora em 1995 como colaboradora da Direcção de Sistemas de Informação, com participação em diversos projectos estratégicos nas companhias e grupos a que pertenceu.
Desempenha presentemente a função de responsável da Direcção de Sistemas Transversais e Suporte, da Direcção de Sistemas de Informação das seguradoras do Grupo Caixa que integra áreas como Canais, Arquitectura, Clientes, Tesouraria, etc.
É membro da Comissão Executiva da SegurNet, na Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

As respostas publicadas podem, em alguns casos, reflectir somente a opinião pessoal do entrevistado, não devendo, como tal, ser associadas às organizações e/ou empresas onde aquele exerça funções.

 


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