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#10 | JULHO 2010
PEDRO PAULO
CEO da Contrulink
"Com a abertura dos mercados, a internacionalização deixou de ser uma opção para passar a ser uma condição essencial à sobrevivência das organizações"

Como e porque surgiu a Construlink?
A Construlink surge em 1999, na sequência de uma candidatura a um projecto de investigação preparado pelo Departamento de Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico, aceite pela Fundação Ciência e Tecnologia (FCT) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que tem como objectivo promover continuadamente o avanço do conhecimento científico e tecnológico em Portugal.

Quais são os valores e missão por que se rege?
A nossa Organização está mais focalizada nas implicações humanas, isto é, dá grande importância ao valor dos Recursos Humanos, Coesão Moral e Respeito no seio da própria empresa, de forma a permitir uma maior estabilidade, produtividade, controlo e bom ambiente empresarial. De um modo geral, a Construlink promove uma cultura de ambição excelência, optimizando os recursos que dispõe.

Os empresários portugueses são muitas vezes acusados de excessivo conservadorismo. Sente-se uma mudança neste costume? Pode dar exemplos nesse sentido?
A actuação da Construlink não só junto do tecido empresarial, mas também no que se refere aos seus procedimentos internos e acções/benefícios junto dos colaboradores é cada vez mais proactiva, distanciando o conceito de excessivo conservadorismo. Um dos exemplos refere-se à forte aposta na formação de forma a diversificar cada vez mais os conhecimentos dos colaboradores, este investimento representa uma vantagem competitiva não só para a Organização como um todo, mas para cada um dos colaboradores. O nosso conceito ‘Por uma empresa saudável’ que passa pela atribuição de seguros de saúde, a equipa de futebol Dream Team, fruta no escritório, medicamentos gratuitos, são alguns dos benefícios que têm um impacto positivo no dia-a-dia dos colaboradores. Por outro lado, a promoção de um bom ambiente de trabalho, através de eventos como a Celebração de Aniversários, Jantares de Natal, Meeting no Coffee Pot todas as últimas sextas-feiras de cada mês, entre outros, são claramente exemplos de mudança nesse costume.

A única forma do tecido empresarial português evoluir é através da inovação. Concorda? Existem motivos para nos sentirmos optimistas, com o aparecimento de empresas (em especial ao nível das TI) capazes de ombrear as melhores organizações internacionais?
Sim, num mercado cada vez mais global a inovação e criatividade desempenham um papel crucial no sucesso das organizações. Num contexto em que qualquer organização pode actuar em qualquer mercado independentemente do seu país de origem, a capacidade competitiva dos indivíduos e empresas é cada vez mais intensa. Como tal, o aparecimento de novas empresas é uma realidade na sociedade portuguesa, na medida em que a detecção e aproveitamento económico de novas oportunidades de negócio são fundamentais para um desenvolvimento sustentável.

Há em Portugal capacidade para aumentar os índices de competitividade face à concorrência estrangeira?
Identificar factores chave de sucesso, valorizar o conhecimento e inovação e estimular a capacidade empreendedora dos empresários portugueses é com toda a certeza, uma forma de aumentar os índices de competitividade face à concorrência estrangeira.

Perante um mercado interno diminuto, a internacionalização é fundamental para a sobrevivência e viabilidade do tecido empresarial português?
Com a abertura dos mercados, a internacionalização deixou de ser uma opção para passar a ser uma condição essencial à sobrevivência das organizações. Perante os sistemas de redes onde vivemos, a internacionalização é um conceito cada vez mais abrangente e complexo.

A Construlink tem planos nesse sentido (internacionalização)? Se sim, quais e para quando?
Sim, a Construlink já tem apresentado algumas propostas a nível internacional, sendo que está em estudo um reforço da posição noutros países comunitários. Prevê-se um reforço na área da Administração Pública. No que se refere a novos mercados vai existir uma aposta no desenvolvimento de projectos específicos, em sectores como a Banca, Seguros, Energia, Ambiente, Reabilitação e Saúde.

Há quem defenda que um dos aspectos mais referidos para aumentar a riqueza da nossa economia prende-se com a capacidade de exportar produtos e serviços. Qual a sua posição relativamente a esta afirmação e, especificamente, em relação à Construlink?
De um modo geral, a recente evolução nas exportações portuguesas tem vindo a aumentar a qualidade das mesmas, o que num médio prazo, vai aumentar a riqueza da nossa economia. 

Não nos restringindo apenas ao vosso core business, mas alargando à generalidade do sector empresarial português, como poderá o nosso país aumentar o seu potencial competitivo? É tudo uma questão de marketing, ou Portugal tem que apostar seriamente na qualidade?
Portugal tem de apostar sobretudo na produção, produzir algo, de modo a que a economia nacional não se encontre dependente de terceiros. Podemos aproveitar os países de língua Portuguesa como forma para potenciar e alargar os mercados, nao só através de serviços, mas principalmente produtos. Simultaneamente estamos a internacionalizar a marca portuguesa.

Qual a estratégia de futuro da Construlink?
A Construlink S.A. posiciona-se num mercado extremamente exigente onde a garantia de qualidade dos serviços é um factor chave de êxito. Prestamos serviços de acordo com as necessidades dos nossos clientes, promovendo uma Cultura de ambição e excelência. Na prossecução dos seus objectivos a Construlink, enquanto empresa inserida no mercado das tecnologias de informação, promove uma gestão integrada de pessoas processos, resultados e inovação. A Construlink orgulha-se, de ao longo dos últimos 10 anos proporcionar aos seus clientes um elevado grau de satisfação, explorando oportunidades que se revelem em todos os domínios científicos e tecnológicos de forma a atingir os mais elevados padrões de criação conhecimento. Este novo ano vai ser marcado por um reforço no que se refere à medição da satisfação do cliente.

Biografia
Pedro Vaz Paulo é Chief Executive Officer (CEO) da Construlink, tendo assumido funções de Direcção desde 1999. A sua ligação à empresa tem permitido desenvolver uma nova área de investigação subordinada à utilização da Internet na área da Engenharia Civil.
Cumulativamente, é Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Civil do IST na Secção Estruturas/Construção no GESTEC (Grupo de Gestão e Tecnologia da Construção). Tem desenvolvido investigação através da elaboração de textos didácticos para a licenciatura em Engenharia Civil e para o Mestrado em Construção, organização de cursos de pós-graduação e elaboração de respectivos elementos escritos do curso do IST. É, ainda, Investigador do ICIST – Instituto de Engenharia de Estruturas, Território e Construção do IST.
É licenciado em Engenharia Civil - Perfil Estruturas/Construção pelo Instituto Superior Técnico, tem um Mestrado em Construção e um Doutoramento em Engenharia Civil em sistemas de gestão de edifícios também pela mesma faculdade. É Membro da Ordem dos Engenheiros e do International Council for Research and Innovation in Building and Construction na Holanda.

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