Como e porque surgiu a YET?
A YET surge em 2009, fruto de um spin-off da multinacional portuguesa Primavera BSS, que há mais de seis anos disponibilizava e implementava produtos e serviços de desmaterialização de processos de negócio.
A adicionar à receptividade do mercado, verificou-se um forte crescimento e consolidação do know-how ao nível das transacções electrónicas dentro da Primavera, bem como crescentes oportunidades de negócio fora da carteira tradicional de clientes da empresa.
Tudo isto levou à criação da YET, com o objectivo de potenciar esta área e dar resposta às necessidades mais específicas das empresas no que se refere às transacções electrónicas.
Quais são os valores e missão por que se rege?
A YET tem como missão disponibilizar os mais avançados produtos e serviços de digitalização de processos para promover a adopção massiva das transacções electrónicas pelas empresas do mercado nacional.
Com isto, o nosso objectivo é fomentar a capacidade de inovação e competitividade ao nível nacional e internacional das organizações portuguesas, bem como contribuir para que estas cumpram com os seus compromissos de responsabilidade ambiental através da eliminação do papel.
No fundo, a YET quer contribuir activamente e ser um parceiro de excelência no caminho para um país mais digital e mais moderno. Estes são os valores que regem a nossa acção e suportam a nossa estratégia de negócio e actuação no mercado.
No seu tempo de existência, o que pode concluir relativamente ao funcionamento da YET e à importância que poderá ter junto do sector empresarial português?
Correspondendo às expectativas da YET, as empresas nacionais estão atentas e receptivas aos benefícios proporcionados pelas transacções electrónicas.
Com cerca de um ano de actividade, a YET assinalou um crescimento significativo da carteira de clientes, provenientes dos mais variados sectores de actividade e de todas as dimensões, e constituiu uma rede de parceiros própria para estar o mais perto possível dos seus clientes e responder de forma óptima às suas necessidades.
Igualmente importante, houve outros fabricantes de software que adoptaram as nossas soluções de transacções electrónicas, o que por si só demonstra o reconhecimento da qualidade e papel da tecnologia da YET por parte do mercado.
Como tal, acreditamos que somos um player relevante para o mercado nacional, uma vez que temos os nossos clientes e os nossos “pares” a confiar na YET para a sua modernização e evolução.
Os empresários portugueses são muitas vezes acusados de excessivo conservadorismo. Sente-se uma mudança neste costume?
Tendo em conta a experiência da YET no mercado, notamos que esse conservadorismo tende a desaparecer. A democratização da internet e o surgimento de legislação sobre factura electrónica vieram alavancar a vontade ou necessidade de adopção deste tipo de tecnologia, independentemente da dimensão da empresa.
As transacções electrónicas são já adoptadas pelas grandes empresas portuguesas há alguns anos e, embora exista sempre alguma resistência à mudança, a receptividade das PMEs a estas tecnologias existe, por ser reconhecidamente um factor que contribui para a eficiência e competitividade das organizações.
De facto, a YET tem já clientes nos mais diversos sectores de actividade, incluindo os considerados tradicionais, que apostaram nos serviços de transacções electrónicas da YET para ganhar competitividade. Podemos referir por exemplo a Elipec, um agrupamento de produtores de pecuária dedicado à produção e comercialização pecuária no Alentejo e Ribatejo, que optimizou a gestão logística e reduziu os custos administrativos com o nosso sistema de transacções electrónicas. Ou a grossista do comércio de fruta Simões Lda., que obteve maior fluidez e celeridade na troca de documentos comerciais, procurando com sucesso economizar tempo e garantir a fiabilidade de todos os processos.
São alguns exemplos de empresas que consultaram a YET em busca de modernização. Como tal, a nosso ver, as resistências estão a dar cada vez mais lugar à abertura e procura por inovação.
A única forma do tecido empresarial português evoluir é através da inovação. Concorda? Existem motivos para nos sentirmos optimistas, com o aparecimento de empresas capazes de ombrear as melhores organizações internacionais?
A inovação é a chave para o crescimento dos negócios. Analisemos esta questão à luz da tecnologia da YET, que oferece as condições necessárias para as empresas processarem as suas trocas comerciais por via electrónica e de forma automatizada.
Suponhamos que a empresa X tem um bom produto, mas baseia o seu negócio em processos arcaicos que geram tempo de espera e trabalho para o cliente. Já a empresa Y, tem também um bom produto, mas proporciona um serviço moderno e expedito, baseado em tecnologia simplificadora das trocas comerciais, como é a da YET. Ora, qual das empresas escolheria?
Se o tecido nacional quer evoluir, é imprescindível a aposta em inovação, seja nos processos de negócio, nas formas de comercialização dos produtos ou nas próprias estratégias de produto. Como base, a aposta em modernização tecnológica, é essencial para competir em território nacional e internacional.
Há em Portugal capacidade para aumentar os índices de competitividade face à concorrência estrangeira?
Portugal tem as condições para se tornar cada vez mais competitivo face aos concorrentes internacionais e está a apostar nesse sentido. Temos uma população cada vez mais qualificada e com formação de qualidade, para além de apta à utilização das tecnologias de informação.
Mas para aumentarem os índices de competitividade, as empresas portuguesas têm que investir na sua modernização e disponibilizar competências e processos de negócio funcionais e inovadores aos seus clientes – sejam estes clientes finais num mercado de consumo ou outras empresas no âmbito de relações comerciais business-to-business.
Perante um mercado interno diminuto, a internacionalização é fundamental para a sobrevivência e viabilidade do tecido empresarial português?
Sem ser decisivo, é sem dúvida importante. Embora na nossa área de actuação exista ainda muito mercado para conquistar, em sectores da economia onde a saturação é uma evidência, a internacionalização representa uma variável inquestionável para o crescimento das empresas.
A YET tem planos nesse sentido (internacionalização)? Se sim, quais e para quando?
A YET tem ambições de crescimento e, como tal, tem no seu plano de crescimento a aposta na internacionalização, que prevê colocar em marcha já no próximo ano.
De facto, em 2011 pretendemos levar os nossos produtos e serviços às economias emergentes nas quais a realidade das transacções electrónicas esteja a despontar ou esteja já em forte desenvolvimento. Neste contexto, destaca-se África, com especial relevo para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOPs), que já assinalam um nível de desenvolvimento que consideramos estar dentro dos parâmetros necessários para a adopção das transacções electrónicas.
Há quem defenda que um dos aspectos mais referidos para aumentar a riqueza da nossa economia prende-se com a capacidade de exportar produtos e serviços. Qual a sua posição relativamente a esta afirmação e, especificamente, em relação à YET?
É de alguma forma uma alternativa ou complemento à internacionalização. Se encararmos esta como um factor importante, pode considerar-se a capacidade de exportação uma forma de crescer fora do mercado nacional sem ter uma presença efectiva noutros mercados.
Dada a estratégia definida e a especificidade do negócio da YET, que contempla nomeadamente o cumprimento da legislação vigente em cada um dos países onde possamos actuar, a exportação não seria certamente a forma mais eficiente de crescermos fora do mercado nacional.
Não nos restringindo apenas ao vosso core business, mas alargando à generalidade do sector empresarial português, como poderá o nosso país aumentar o seu potencial competitivo?
Portugal tem de apostar claramente na qualidade sustentada em processos mais eficientes e modernos em todos os sectores da economia, domínio público incluído.
No sector privado, as organizações mais atentas já perceberam esta verdade incontornável, independentemente da sua dimensão, dando passos sem retorno nesse sentido, verificando rapidamente o resultado dessa aposta. Diariamente temos evidências deste facto.
O Estado tem sem dúvida um papel importante a desempenhar a este nível. Em primeiro lugar, deverá representar cada vez menos um “motor” importante da economia e ser olhado como exemplo efectivo da qualidade empresarial. Sendo um dos maiores (senão o maior) prestadores de serviços em Portugal e, simultaneamente, consumidor de um volume considerável de mercadorias e serviços, deverá usar um marketing distinto que resulte numa efectiva modernidade e qualidade.
Temos aliás vários exemplos, na União Europeia, de países que apostaram na qualidade para aumentar a competitividade e depois divulgaram e potenciaram esses resultados fora de portas. Portugal tem capacidade competitiva, mas há que investir nesta.
Qual a estratégia de futuro da YET?
O objectivo da YET é crescer e consolidar a sua presença no mercado nacional em 2010, e preparar a expansão para territórios internacionais a médio prazo, tendo os PALOP como países de destino preferencial, como já foi referido.
Para concretizar esta estratégia, a YET está a desenvolver novas soluções e serviços assentes na sua plataforma avançada, de forma a reforçar o desenvolvimento do seu portfolio e dinamizar o seu crescimento.