Como e porque surgiu a Alvo?
A Alvo (www.Alvo.com) surgiu em 1991, então com a designação de Exposis, com a de intenção de proporcionar serviços de qualidade superior na área das tecnologias de informação às pequenas e médias empresas (PME). Actualmente, a Alvo é a empresa tecnológica nacional líder na implementação de soluções inovadoras de software de gestão para PME.
Quais os valores e missão por que se rege?
A missão da Alvo é ser a empresa portuguesa por excelência no mercado empresarial do software de gestão e tecnologias de informação, ser o parceiro de negócio indispensável para o sucesso dos seus clientes superando as suas expectativas através de serviços inovadores, e garantir a valorização de cada colaborador e a maximização do valor para os investidores.
Para garantir o cumprimento da sua missão, a Alvo rege-se com base num conjunto de valores chave que se aplicam no dia-a-dia das suas actividades. São eles: saber fazer, inovação e pioneirismo, integridade, dinamismo, agilidade, simplicidade, parceria e fiabilidade.
No seu tempo de existência, o que pode concluir relativamente ao funcionamento da Alvo e à importância que poderá ter junto do sector empresarial português?
A Alvo encara a tecnologia como uma ferramenta que auxilia os clientes a atingirem os seus objectivos de negócio. Neste contexto, a Alvo tem crescido de forma notável e sustentada com uma estratégia de serviços de qualidade e com uma política de desenvolvimento de parcerias de sucesso com as melhores empresas de tecnologias como Primavera BSS, Microsoft e GFI.
Acreditamos no potencial da Alvo e sabemos que existe ainda muita margem para podermos crescer como uma empresa de referência no mercado das tecnologias de informação.
Os empresários portugueses são muitas vezes acusados de excessivo conservadorismo. Sente-se uma mudança neste costume?
Penso que, nos dias de hoje, para uma empresa ter sucesso, tem de ter capacidade de visão e apostar na inovação. Nesse sentido, os empresários portugueses já não podem ser conotados como conservadores, sob pena de a sua organização desaparecer no mercado. Na Alvo, sentimos isto constantemente. O nosso parque de clientes é constituído por mais de 2500 PME e temos vindo a notar que os empresários portugueses cada vez mais acreditam na tecnologia como forma de potenciar o seu negócio. Como exemplo, temos sentido uma tendência crescente de empresas que já não procuram apenas um software de gestão, mas sim uma solução que inclua software e que os ajude a tomar decisões de forma fundamentada. Isto é vital para o futuro da empresa.
A única forma do tecido empresarial português evoluir é através da inovação. Concorda?
Sim, acreditamos que a inovação é fundamental para que uma organização possa evoluir. Num mercado altamente competitivo, já não basta corresponder às expectativas dos clientes, temos de as superar e isso só é possível através de ideias novas que os ajudem a alcançar o sucesso. Na Alvo, existe uma aposta bastante vincada na inovação e, por ano, investimos consideravelmente em Investigação & Desenvolvimento. Em Portugal, imensas empresas já têm provas dadas da sua inovação e do valor da sua oferta, mesmo quando comparadas com organizações internacionais.
Há em Portugal capacidade para aumentar os índices de competitividade face à concorrência estrangeira?
Claro que sim. Tal como já referi, existem em Portugal empresários com uma enorme visão de futuro, que delineiam estratégias que conduzem as suas empresas ao sucesso. Portugal é um país com imenso potencial de inovação, com empresas que disponibilizam produtos de elevada qualidade e isso é cada vez mais o que os clientes procuram, não se baseando apenas em preço.
Perante um mercado interno diminuto, a internacionalização é fundamental para a sobrevivência e viabilidade do tecido empresarial português?
Não acredito que Portugal tenha um mercado diminuto, muito pelo contrário. Sendo o mercado da Alvo o conjunto das PME, sentimos que ainda há muito por fazer e que existe ainda um imenso potencial de desenvolvimento nestas empresas, para qual o know-how e os produtos/serviços da Alvo podem ser um input bastante importante. É possível reforçar a aposta no mercado interno e, com as competências e capacidade de investimento necessárias reunidas, então partir para uma internacionalização. No entanto, na Alvo não acreditamos num mercado interno e num mercado externo, mas sim num mercado global.
A Alvo já expandiu para fora de Portugal? Para onde?
Tal como já referi, para a Alvo o mercado é global, pelo que temos clientes em Portugal, Moçambique, Angola, Cabo Verde e Macau. Temos capacidade para desenvolver projectos em qualquer país, no entanto, não faz parte da nossa estratégia abrir delegações fora de Portugal.
Como surgiu a vossa oportunidade de internacionalização? Há mais planos nesse sentido?
Na realidade, a Alvo não procurou uma oportunidade de internacionalização, foram os clientes que, através de referências ou por já nos conhecerem, nos lançaram o desafio de desenvolver projectos no exterior. Todos estes projectos decorreram muito bem, pelo que não pomos de parte o desenvolvimento de projectos futuros semelhantes.
Há quem defenda que um dos aspectos mais referidos para aumentar a riqueza da nossa economia prende-se com a capacidade de exportar produtos e serviços. Qual a sua posição relativamente a esta afirmação e, especificamente, em relação à Alvo?
Num mercado global, como é o de hoje, qualquer empresa deve estar preparada para concorrer com organizações internacionais e para disponibilizar a sua oferta no exterior. Na Alvo, é isso que acontece e a nossa equipa está preparada para estabelecer uma relação de parceria com clientes de qualquer país e corresponder às suas necessidades específicas de tecnologias de informação.
Não nos restringindo apenas ao vosso core business, mas alargando à generalidade do sector empresarial português, como poderá o nosso país aumentar o seu potencial competitivo? É tudo uma questão de marketing, ou Portugal tem que apostar seriamente na qualidade?
Para nós é claro que, para desenvolver o potencial competitivo, tem de existir uma aposta óbvia numa oferta de qualidade. A qualidade é o pilar do sucesso. Claro que, para que essa oferta de qualidade possa chegar aos clientes, é necessário divulgá-la e é aqui que entra o papel do marketing. O marketing deve existir, mas suportado por uma oferta de qualidade, para que seja possível fidelizar clientes.
Qual a estratégia de futuro da Alvo?
Para a Alvo, a principal estratégia é manter o foco no cliente. Vamos continuar a apostar em produtos que nos permitam oferecer serviços de excelência que criem valor acrescentado para os nossos clientes. Pretendemos também continuar a disponibilizar um suporte de excelência, porque acreditamos que é isto que merecem os nossos clientes.
Vamos igualmente manter a nossa cultura constante de inovação, porque cremos que não estamos no mercado apenas para vender, mas sim para sermos parceiros dos nossos clientes e estarmos ao seu lado para os ajudar a alcançar o sucesso. Como exemplo, referimos a nossa oferta em formação e workshops, que ajuda os nossos clientes a criarem as competências necessárias para desenvolver o seu negócio.
Por outro lado, vamos continuar empenhados em garantir a satisfação dos nossos colaboradores e em contratar e manter os melhores recursos. Vamos conseguir fazê-lo através de uma aposta clara na formação contínua e no desenvolvimento do potencial dos nossos colaboradores.
Por fim, vamos continuar a manter o nosso propósito de excelência e a apostar claramente na qualidade da nossa oferta. Estaremos ainda atentos à evolução do mercado para que nos possamos adaptar a novas necessidades, sempre que estas surjam.
Eugénio Veiga, Miguel Pina Martins, Miguel Peixoto de Oliveira