O Hospital Distrital de Santarém (HDS) remodelou e ampliou recentemente o Serviço de Urgência. De onde surgiu a necessidade de implementação deste projecto e quais os seus principais objectivos?
Quando oHDS abriu as portas, em 1985, a previsão de afluência diária pela urgência era de 100/120 pessoas, pelo que todas as actuais instalações da urgência já estavam perfeitamente saturadas. Esta unidade deixou de ser a "consulta de recurso" que era tradicionalmente, para passar a ser um serviço onde se prestam cuidados muito diferenciados e com alguma demora, o que obriga a uma logística totalmente diferente. Com a passagem dos anos e a ocorrência de "picos" de afluência excessiva, o HDS concluiu que teria de ser remodelado e ampliado o Serviço de Urgência. Assim, a actual urgência do HDS está a ser realizada com base no pacote do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). Para redimensionar a unidade, o HDS estabeleceu uma parceria com a Air Liquide Medicinal (ALM) que, para além da instalação e renovação das Centrais de Ar e Vácuo, ficou também responsável pela instalação de todo o Sistema de Distribuição de Gases Medicinais da urgência.
Quais as principais finalidades da implementação das referidas centrais?
Uma das finalidades destas centrais – que têm como grande factor diferenciador a circunstância de estarem inseridas em cabines – será a gestão de ar comprimido medicinal – uma mistura dos gases oxigénio e azoto, na mesma proporção encontrada na atmosfera (21% e 78%, respectivamente). É especialmente utilizado em terapias de ventilação e inalação, bem como gás carregador de substâncias narcóticas usadas em anestesia por inalação. Para além de utilizar material de extrema qualidade, como os compressores de ar, seleccionados entre os melhores fornecedores europeus em função das suas necessidades, o projecto contempla também um sistema de alarmes para detecção de anomalias, que garante uma intervenção imediata em caso de avaria. Está ligado através do telefone às centrais locais e nacionais da ALM e é gerido por uma equipa de especialistas.
Outra das finalidades destas centrais está relacionada com a gestão do vácuo – pressão negativa que se utiliza para sorver diversos fluxos e substâncias residuais provenientes dos pacientes. As unidades de vácuo são modulares, para que possam ser ajustadas à realidade de qualquer hospital. O funcionamento é totalmente automático, controlando o número de bombas a arrancar em função dos consumos instantâneos da rede de vácuo.
Qual a sua posição relativamente à parceria estabelecida?
O HDS é uma unidade hospitalar que coloca grande ênfase na questão da segurança e qualidade, pelo que a parceria com a ALM foi uma decisão que nos pareceu lógica e natural e em perfeita consonância com os valores que pautam a nossa actividade. A instalação e renovação das centrais propostas pela ALM apresenta-se, por isso, como a solução mais segura e eficiente na gestão do ar comprimido e vácuo. Uma novidade que se irá traduzir em mais-valias tanto para os utentes do hospital como para todos os profissionais de saúde.
O que considera essencial ao bom funcionamento de uma unidade de saúde em Portugal?
É esta atenção minuciosa aos pormenores, é este investimento contínuo em recursos humanos e técnicos da máxima qualidade e é esta orientação permanente às necessidades do paciente que nos torna uma unidade de saúde de referência, a nível nacional. E, obviamente, que tal não seria possível se não nos rodeássemos também de fornecedores/parceiros de confiança e de excelência que partilhem connosco estes valores. Tudo para que possamos oferecer aos nossos utentes, a cerca de 200 mil habitantes do distrito de Santarém, um hospital renovado, de vanguarda, capaz de responder eficazmente a todas as exigências apresentadas e de prestar cuidados de saúde premium.